MERENDA NA VOLTA ÀS AULAS: IMPRENSA REPERCUTE DENÚNCIA DO SINDICATO AO MINISTÉRIO PÚBLICO
Os principais portais de notícias destacaram que o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) avalia indícios de irregularidades na merenda escolar de Blumenau. A ação do MPSC vem em resposta à denúncia apresentada pelo Sintraseb.
Na última segunda-feira (10), o sindicato levou ao conhecimento da Vigilância Sanitária, do Conselho Municipal de Alimentação Escolar e do Ministério Público a situação vivenciada nas unidades de educação do município no retorno das aulas com relação a merenda escolar.
O sindicato recebeu relatos de várias unidades da rede municipal de educação manifestando preocupação com diversos problemas, entre eles, fornecimento reduzido de alimentação, ausência ou número reduzido de trabalhadores, estrutura das cozinhas precarizadas e sem limpeza adequada e até falta de gás. Em algumas unidades a direção e professoras precisaram assumir a função de cozinheiras. Em outras, o trabalhador destacado não possui curso de manipulação de alimentos.
O MPSC considerou em análise inicial que “há indícios de irregularidades consistentes na ausência de insumos adequados, insuficiência de equipamentos essenciais para o preparo das refeições e falta profissionais capacitados para a manipulação”. As condições precárias de algumas unidades escolares também foram consideradas.
A Promotoria solicitou informações ao Conselho de Alimentação Escolar sobre o acompanhamento da transição contratual entre as empresas, a elaboração do cardápio e demais dados sobre o serviço de merenda escolar.
SINDICATO CONDENA PERSEGUIÇÃO ÀS DIREÇÕES DE UNIDADES
A ação do sindicato teve o objetivo de defender o direito das crianças e as condições de trabalho. Sabemos que os servidores e as servidoras possuem enorme espírito colaborativo e estão sempre dispostos e empenhados em entregar muito mais do que a função exige, ainda mais em situações excepcionais ou de emergência. Contudo, o sindicato sempre vai defender as condições de trabalho e jamais compactuará com o desvio de função.
O transtorno atual não foi gerado pelas unidades e suas direções. A responsabilidade é exclusiva da administração municipal, dos governos do ex-prefeito Mário Hildebrandt e do atual, Egídio Ferrari. Repudiamos veementemente as repreensões e perseguições às direções das unidades escolares.