NOTA PÚBLICA

BLUMENAU PERDE POLICLÍNICA REGIONAL POR OMISSÃO DA PREFEITURA: PREJUÍZO À POPULAÇÃO E SOBRECARGA AINDA MAIOR AOS(ÀS) SERVIDORES(AS) DA SAÚDE

O Sindicato Único dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Blumenau manifesta seu mais profundo repúdio à confirmação de que Blumenau ficará de fora do recebimento de uma Policlínica Regional, que seria financiada com recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).

A obra integra um investimento federal para ampliar o acesso da população a consultas especializadas, exames, pequenos procedimentos e diagnóstico precoce, desafogando a atenção básica e reduzindo a superlotação hospitalar.

A justificativa apresentada pela Prefeitura, alegando não dispor de um terreno adequado, é inaceitável e revela descaso, falta de planejamento e ausência de vontade política.

Segundo documentos oficiais da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, o Município apresentou apenas dois terrenos, ambos inviáveis por restrições ambientais, geológicas, uso já ocupado ou ausência de viabilidade técnica. Diante disso, e da recusa da Prefeitura em apresentar novas alternativas, os recursos serão destinados a outro município.

Essa postura nega à população um equipamento de saúde essencial e aprofunda um problema histórico: os(as) trabalhadores(as) do serviço público de Blumenau já atuam há anos sobrecarregados(as), em função da ausência de equipamentos regionais de saúde que atendam a demanda da população. O resultado é a intensificação das filas de espera, o adoecimento de profissionais e a precarização dos serviços prestados.

É preciso lembrar que o município também silenciou e desrespeitou o controle social: a perda da Policlínica jamais foi informada ou debatida nas plenárias do Conselho Municipal de Saúde, impedindo que conselheiros(as) pudessem apresentar alternativas ou encaminhamentos.

Não é a primeira vez que Blumenau perde um equipamento estratégico por decisão política. Foi assim quando a cidade abriu mão da implantação de uma UPA, prejudicando até hoje a rede de urgência e emergência e deixando um vazio entre a atenção básica e a rede hospitalar.

Blumenau e toda a região do Vale do Itajaí não podem aceitar passivamente mais esse ataque ao SUS e ao direito à saúde pública de qualidade.